O juiz da 1ª Vara Criminal de Rio Preto, Cristiano Mikhail, condenou nove envolvidos no roubo à joalheria Costantini, no Shopping Iguatemi, pelos crimes de organização criminosa armada, receptação e adulteração de veículo. As penas variam entre 21 a 34 anos de prisão dos acusados, que roubaram cerca de R$ 1,7 milhão em joias, relógio e valores em janeiro de 2022.
Toda a quadrilha foi presa após investigação da Polícia Civil. O homem apontado como o “mais violento” do grupo recebeu pena de 34 anos e nove meses de prisão. Ele entrou no shopping carregando uma submetralhadora e rendeu três seguranças durante a prática do crime.
Já o líder do grupo foi condenado a 32 anos e sete meses de prisão. Já o rapaz que aparece em uma cadeira de rodas sendo empurrado para dentro da joalheria, recebeu uma pena de 21 anos e nove meses. Ele sacou uma pistola e iniciou o assalto.
De acordo com a sentença, foram condenados a 21 anos de prisão outros três homens da quadrilha. Um que empurra a cadeira de rodas, o que ameaçou funcionária para abrir o cofre da loja e outro que alterou as placas dos veículos.
Como a polícia desvendou o crime
À frente das investigações, o delegado Paulo José Buchala Júnior, da Divisão Especializada em Investigações Criminais (Deic), destacou o trabalho em conjunto das diversas forças de segurança. A DIG da DEIC de Rio Preto de imediato foi até o local para realizar a apuração do caso.
“De início, policiais civis de outros distritos policiais e da Polícia Militar da cidade, realizaram as diligências em apoio e houve troca de informações entre as forças de segurança. Apurou-se que vários elementos vieram até Rio Preto em carros e, após o assalto, fugiram da cidade. Através das características dos suspeitos e dos automóveis identificados na fuga, Policiais Rodoviários abordaram uma dupla de suspeitos já na cidade de Americana/SP. O carro que eles conduziam, um VW GOL, era produto de estelionato, portanto foram imediatamente detidos. Uma mulher conduzindo um Palio também foi abordada na Capital também suspeita de coautoria no delito”, consta em nota.
Dando continuidade às investigações, policiais civis da DIG prosseguiram na identificação dos suspeitos, através de ferramentas tecnológicas, trabalhos de campo e inteligência policial. Os policiais também trocaram informações com a DEIC de Sorocaba, onde uma quadrilha teria agido no final de 2021 com o mesmo modus operandi da ação em nossa cidade.
A DIG realizou diligências de campo na Capital, Sorocaba e Baixada Santista. Os elementos probatórios elencados identificaram um total de 09 indivíduos que participaram, com divisão de tarefas, hierarquia e organização; do delito contra a joalheria. O delegado de polícia que preside o feito representou pela prisão temporária dos suspeitos, que foram encontrados e presos.
Após os trâmites do processo criminal, na última sexta-feira, dia 02/06, a quadrilha foi condenada às penas que somam mais de 120 anos de prisão. O réu com a menor condenação foi sentenciado a cerca de 22 anos de reclusão. A pena mais alta é de 34 anos e 9 meses em regime fechado.
Os crimes os quais foram condenados foram: roubo, organização criminosa, adulteração de veículo automotor e receptação.
“A DIG se preocupa em grande medida com esse tipo de delito, pois a execução dele colocou em alto risco a vida de funcionários e de vários clientes do shopping que estavam no local, pois já houve no país troca de tiros com resultado de feridos e mortos. Após a elucidação desse caso e prisão da quadrilha, não houve mais crimes dessa natureza na cidade e região”, consta na nota.