VEJA VÍDEO – Em Rio Preto, ministra da Saúde diz que ‘acredita e deseja’ reeleição de Lula; ela entregou centro de hidratação

Rodrigo Lima

Em Rio Preto, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, disse que “acredita e deseja” a reeleição do presidente Lula em 2026. A declaração foi dada com exclusividade ao Diário do Rodrigo Lima no final da entrevista coletiva realizada na cidade, quando ela participou da abertura do centro de hidratação para pacientes de dengue.
Nísia foi recebida na manhã desta quinta-feira, 20, no aeroporto pelo prefeito Coronel Fábio (PL), que viajou para São Paulo para agenda relacionada à Secretaria de Agricultura. Na Swift, onde foram montados 100 leitos para hidratação, ela foi recebida pelo vice-prefeito, Fábio Marcondes (PL), pelo vereador João Paulo Rillo (PSOL) e por militantes do PT.
“Eu quero dizer que essa medida vem a partir de uma missão técnica que está aqui desde 6 de fevereiro a pedido do prefeito coronel Fábio Candido”, afirmou a ministra. “Faz parte do nosso plano de enfrentamento à dengue apoiar a implantação das tendas de hidratação”.
Nísia afirmou que é uma medida fundamental já que há mais de 30 mil casos prováveis de dengue em Rio Preto. “E, infelizmente, muitos casos podem evoluir para morte e a gente quer evitar exatamente isso e complicações por dengue, que é uma doença conhecida e que a hidratação é fundamental”, disse a ministra.
Ela enfatizou, durante a entrevista coletiva, que o principal objetivo da intervenção do Ministério da Saúde é evitar e reduzir mortes por causa da dengue. “Nós vimos uma excelente experiência com as tendas de hidratação reduzindo muito os casos graves, reduzindo muito também o número de óbitos. E nós sabemos que é possível evitar mortes por dengue porque há 40 anos essa doença aparece de formas diferentes no Brasil transmitida pelo mosquito Aedes”, disse.
Nísia disse ainda que nesse momento deve reforçar todo o trabalho de vigilância e a vacinação. “Nós estamos também com a vacinação para aquela faixa de 10 a 14 anos podendo ser flexibilizada de acordo com o número de doses dos municípios. Nós estamos fazendo aqui um apelo para que justamente os responsáveis levem suas crianças tanto para a segunda dose quanto para uma primeira dose de vacina”, disse.
Outra frente é o combate a transmissão da doença com o uso de unidades para dispersar o larvicida. “O povo está chamando de baldinho da dengue. A participação social como eu disse aqui é muito importante nesse processo porque há o trabalho direto das prefeituras. Todos nós somos responsáveis como cidadãos, como pessoas uma vez que 80% dos focos está na nossa casa e no seu entorno”, afirmou Nísia.
Gravidade 
A ministra da Saúde pontuou a gravidade da epidemia de dengue em Rio Preto. “Do ponto de vista do número de casos, que é o critério que a gente usa para epidemia é uma epidemia de números muito fortes, então é uma epidemia grave. Daí a nossa preocupação e daí também a solicitação que foi feita  como eu disse, pela prefeitura. É grave porque normalmente nós temos o índice de 300 casos por 100 mil habitantes e nós estamos com 30 mil casos prováveis de dengue, alguns ainda em investigação”, afirmou.
Em 2024,  a ministra disse que Rio Preto, no mesmo período, tinha cerca de 3 mil casos de dengue. “Então são números muito fortes, o ano passado nesse período  era em torno de 3 mil, salvo engano. Então por aí você tem a dimensão 10 vezes mais casos do que tínhamos no mesmo período do ano passado enquanto, como eu disse, os números do Brasil mostram 60% de redução”, disse a ministra.
A  diminuição do número de casos de dengue passa pelo aumento da vacinação, inclusive, em cidades da região como Votuporanga e Fernandópolis.
De saída? 
No início da tarde, foi divulgada informações sobre a possível troca do comando do Ministério da Saúde pelo presidente Lula. Nísia deixaria o cargo e seria substituída pelo ministro  Alexandre Padilha, que atualmente está na Secretaria das Relações Institucionais.
No lugar de Padilha, que já foi ministro da Saúde no governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), o nome que ventila pelo Planalto é o de Isnaldo Bulhões e o de Antônio Brito (PSD).

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