O Corinthians voltou a sentir o gosto do título paulista. Maior campeão estadual em São Paulo, o time alvinegro superou o Palmeiras nesta quinta-feira, 28, e conquistou seu 31º Paulistão. Mas não foi fácil. O empate sem gols diante de uma Neo Química Arena lotada – quase 49 mil torcedores – foi suficiente para confirmar a taça, já que a equipe havia vencido o jogo de ida por 1 a 0.
O título tem peso simbólico. Não só encerra um jejum de seis anos – a última conquista foi em 2019 – como também interrompe a sequência de três títulos seguidos do rival Palmeiras. Mais que um troféu, o Corinthians recupera a sensação de protagonismo no cenário estadual.
O histórico da equipe no Paulistão reforça essa identidade vitoriosa. Desde as primeiras conquistas, ainda na década de 1920, o Corinthians já mostrava que seria um dos grandes do torneio. Foram três tricampeonatos em curtos intervalos – 1922 a 1924, 1928 a 1930 e 1937 a 1939. Mas nem tudo foi linha reta: após o título de 1954, a torcida teve que esperar 23 anos para soltar o grito novamente, no emblemático Paulistão de 1977.
Dali em diante, o clube consolidou sua força no estadual, acumulando 12 títulos até 2016. Mas engatar conquistas consecutivas? Isso só aconteceu em 1982 e 1983, e depois, mais recentemente, no tricampeonato de 2017 a 2019. Nos últimos anos, a equipe oscilou. Chegou à final em 2020, mas depois acumulou eliminações precoces – duas semifinais (2021 e 2022), uma queda nas quartas (2023) e, no ano passado, sequer avançou ao mata-mata.
Agora, em 2025, o Corinthians volta ao topo do Paulistão. E a pergunta que fica é: este título marca o início de uma nova fase de conquistas ou será um ponto fora da curva? A resposta, só o tempo – e a bola – vão dizer.
Todos os títulos do Corinthians no Paulistão:
1914, 1916, 1922, 1923, 1924, 1928, 1929, 1930, 1937, 1938, 1939, 1941, 1951, 1952, 1954, 1977, 1979, 1982, 1983, 1988, 1995, 1997, 1999, 2001, 2003, 2009, 2013, 2017, 2018, 2019 e 2025.