Artistas terminam pintura do muro da escola Lotf João Bassitt

Da Redação
Comunidades do bairro São Deocleciano apoiam a iniciativa/imagem – Cristiano Furquim

Terminou a pintura dos grafites no muro da escola municipal Dr. Lotf João Bassitt, localizada na rua Felício Scaff, no bairro São Deocleciano, em Rio Preto. A última parte do mural, que tem encantado a comunidade ao redor, foi concluída no início deste mês de novembro.

Segundo Wanderson José Sereni, conhecido na cidade como Pecks, idealizador do projeto, participaram da pintura do trecho final do muro, os artistas plásticos Will de Rio Preto, Cubone de Tanabi, Edtwo de Catanduva, Degr de Votuporanga e Guifuchsarts de Dracena.

Para Evelyn Leppos Duran Muglia Reis, coordenadora pedagógica e uma das entusiastas da arte contemporânea urbana, o trabalho incentiva a criatividade das 305 crianças da unidade e ainda auxilia na preservação do patrimônio.

“A importância é que a gente traz um novo conceito de arte, a arte urbana. As crianças têm acesso a novos tipos de expressões, têm contato com novas formas de desenhar, novas pinturas, novas cores”, diz ela.

Outra questão que veio à tona com o mural, segundo a coordenadora, foi sobre vandalismo. “Com o mural as crianças sabem que não podem riscar em cima das pinturas, não podem escrever, rabiscar. Antigamente, os muros eram pichados, tinha essa degradação, agora com a pintura isso não acontece, eles valorizam e as crianças criaram a consciência de que tem que preservar. Portanto, hoje, elas sabem distinguir um grafite de uma pichação”, explica Evelyn.

“O intuito do mural foi deixar uma galeria a céu aberto para a comunidade e a escola Lotf João Bassitt sempre nos acolheu como família, por isso agradeço a todos”, diz o grafiteiro Pecks.

Sucesso na comunidade

Deivid Henrique Marcon, proprietário há cinco anos de uma oficina mecânica localizada em frente ao muro da escola Lotf João Bassitt, apoia a ideia. “Para a comunidade aqui do bairro ficou muito bom. São profissionais que fizeram, isso traz arte para o pessoal do bairro. Os vizinhos gostaram muito e nos finais de semana trazem até as crianças para ver. Não tem o que falar, nós apoiamos a iniciativa”, disse o mecânico Deivid Marcon.

Os pais dos alunos também gostaram da pintura e é comum ver na saída ou na entrada das aulas, as famílias em frente ao muro vendo os detalhes dos desenhos ou tirando fotos com as crianças.

“Os alunos sempre param no muro, seja na entrada ou na saída, eles sempre dão uma olhada e fazem comentários, principalmente em relação a leitura das imagens, eles acabam interpretando, fazendo novas leituras. Falam muito da tartaruga e do peixe que sai do cabelo da moça, imagens que chamam bastante a atenção”, informa a coordenadora Evelyn Leppos Duran Muglia Reis.

“A escola tem como um de seus ideais e objetivos, o ambiente sadio e colaborativo junto com a comunidade de seu entorno. Então, sempre pensamos em ações que envolvam todos”, diz a diretora Mônica Lopes Garcia, o que explica o sucesso da iniciativa.

(Com Cristiano Furquim)

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