Um vídeo gravado pelo secretário de Serviços Gerais de Rio Preto, José Heitor dos Santos, há cerca de duas semanas, expôs uma situação de descompasso entre a escala oficial e a orientação recebida por um funcionário terceirizado da Prefeitura. A gravação mostra o secretário questionando o trabalhador identificado como Maximiliano, que teria chegado ao ponto de apoio por volta das 8h, uma hora depois do horário previsto na placa do local.
Nas imagens, que foram divulgadas pelo próprio secretário nas suas redes sociais, Santos aborda o funcionário de maneira firme, mas respeitosa. “Chegando agora?”, questiona Heitor, ao que o funcionário responde: “É oito horas, né?”. O secretário rebate: “Sete, não é?”, indicando o que está determinado na placa do ponto de apoio. Maximiliano, por sua vez, afirma que recebeu orientações para trabalhar das 8h às 14h no sábado.
Durante a conversa, Santos pede para verificar as mensagens de orientação no grupo de WhatsApp que o funcionário menciona. “Quem mandou? Quem foi a pessoa?”, insiste o secretário, buscando identificar a origem da escala diferente daquela determinada oficialmente.
O funcionário explica que foi o “pessoal da garagem” que teria repassado a orientação sobre o horário. Santos então reforça: “A placa está aqui. Domingo é das 8h às 14h, mas de segunda a sábado é das 7h às 19h.”
Ainda no diálogo, Maximiliano confirma ser terceirizado da empresa WWS, que presta serviços para a Prefeitura. Santos tenta esclarecer se a orientação partiu diretamente da empresa ou de algum servidor público. “E ela que orientou chegar aqui no sábado às 8h horas?”, pergunta o secretário. O trabalhador reafirma que a escala estava no grupo da equipe.
Apesar da situação, o tom do secretário ao final da conversa permanece institucional. Ele agradece: “Muito obrigado. Bom trabalho”, antes de pedir que o portão seja aberto para permitir o início das atividades do dia.
Repercussão
O vídeo gerou repercussão nas redes sociais, evidenciando um possível desalinhamento na comunicação das escalas de trabalho entre a empresa terceirizada e a gestão pública.
Procurado pelo Diário do Rodrigo Lima, o secretário afirmou em nota o seguinte: “A Secretaria de Serviços Gerais informa que a fiscalização é ato de gestão da pasta. Já a empresa foi acionada pra prestar esclarecimentos. Manteremos também nossa dedicação e compromisso com o bom trabalho, e sempre à disposição da população”.
A empresa WWS ainda não se manifestou oficialmente sobre o episódio. A reportagem tentou falar com um representante da empresa, mas ele não foi encontrado.